Mário Almeida, selecionador nacional, Bruno Santos, treinador da equipa, e Joe Kodde, colaborador, fazem ao site da FPH a antevisão da participação dos sub18 nos Campeonatos de Espanha.

Os coaches falam da importância da participação dos linces em provas deste nível, do principal objetivo para este competição e de como a médio prazo prevêem integrar estes jovens nas seleções sub21 e senior.

FPH:  De que forma consideram importantes a participação das nossas camadas jovens em provas deste nível?
 
Joe Kodde: A participação de Portugal no CSAE é importante na medida em que os atletas são preparados desde cedo para um alto patamar competitivo. Além disso, possibilita a criação de padrões de jogo que no futuro vão facilitar a integração destes jovens atletas nas seleções sub21 e, eventualmente, na senior.
 
FPH: Sendo este o quarto ano consecutivo em que Portugal participa em CSAE, qual o principal objetivo a alcançar com a participação destes sub18 na prova de Valência?
 
Bruno Santos: O principal objetivo desta participação será sempre o fazer melhor do que a ultima vez que Portugal competiu na mesma prova, sabendo de antemão que a equipa não é a mesma, inclusive a estrutura técnica. No entanto, para que no fim o balanço seja positivo, o importante é ver que os jogadores cresceram durante a competição e que se tornaram melhores, quer a nível técnico, tático, competitivo e emocional. 
Partiremos para Valência com a ambição de todos nós chegarmos a Portugal no domingo melhores do que éramos quando saímos. Este é o nosso objetivo primordial, ou seja, melhorar para podermos fazer do hóquei português um hóquei melhor. 
 
FPH: A médio prazo, como prevêem integrar estes jovens atletas na selecção sub21 e senior?
 
Mário Almeida: O grande objetivo é olhar transversalmente para as seleções nacionais, como um clube. O foco é preparar os jogadores para que cheguem à seleção senior o melhor preparados possível.
Nesse sentido, o enorme trabalho que nos espera é definir um padrão de jogo, o «estilo Portugal». Isso passa por unificar o sistema de jogo e trabalhar os aspetos técnicos necessários, mas também começar a incutir as mesmas rotinas, as mesmas regras, o mesmo aquecimento, os mesmos horários em todas as representações nacionais.
Também procuraremos harmonizar os tipos de treino na estrutura, voltando-os mais para a técnica individual nestas idades, por forma a dotar os nossos jovens da mais abrangente gama de recursos técnicos possíveis em idades propícias à aprendizagem.
Cumprindo o atrás resumido, estamos a preparar uma seleção senior forte, onde vão caber alguns destes jogadores sub18 já em breve. Não haverá choque geracional ou choque de conceitos na evolução para as seleções mais velhas, tentando que não haja sequer necessidade de integrar estes jovens. Participam na seleção nacional de Portugal, qualquer que seja o escalão etário.

Calendário do CSAE Sub18 Masculinos